segunda-feira, 5 de julho de 2010

Palestra - Dra. Andréia Lucchesi de Carvalho

Saúde na África


A saúde na África foi tema da palestra da infectologista pediátrica, Andréa Lucchesi de Carvalho, que trabalhou em Angola, com capacitação pediátrica dos médicos do país, especialmente daqueles que lidavam diretamente com pacientes portadores do HIV.
Durante cinco anos, de 2004 a 2009, a médica realizou, também, pesquisa sobre as condições gerais de saúde no país. De acordo com ela, a expectativa de vida na maioria dos países da África não chega a 60 anos. Quarenta e cinco por cento dos africanos morrem jovens, em decorrência de doenças infecciosas como poliomelite, cólera e diarreia causadas pela falta de condições mínimas de higiene, como rede de esgoto e coleta de lixo. Angola, por exemplo, é o país onde ocorre a maior incidência de malária no mundo.

A saúde na África, porém, não se encontra ameaçada somente por fatores sócio-econômicos. Quando se refere ao continente, a questão cultural é hoje uma das principais preocupações das autoridades médicas. Há países onde 30% da população estão contaminados com o vírus HIV. A situação se agrava, principalmente, pela prática da bigamia e de crenças absurdas como a de alguns grupos que acreditam que uma pessoa contaminada pode se livrar da doença se transmiti-la a outros.

Com tudo isso, a expectativa de vida, que nos países da Europa atualmente é de 80 anos, na África fica em torno dos 50 anos de idade.

No final da palestra, a médica convidou a todos a se comprometerem com ações em busca de uma real transformação social, ressaltando a importância de fazer com que o nosso sentimento de indignação se converta em ações concretas para ajudar aos que precisam.

"Na foto, a médica Andréia Lucchesi de Carvalho, que realizou, no teatro, uma palestra relatando sua experiência em Angola. Andréia viajou para a Angola a fim de realizar a capacitação pediátrica dos médicos do país, especialmente daqueles que lidavam diretamente com pacientes portadores do HIV.
Segundo Andréia, a população africana possui baixa expectativa de vida, principalmente, devido à fome, às doenças infecciosas e às péssimas condições de saneamento. A médica afirma que em Angola não há, sequer, coleta do lixo comum, que acaba sendo depositado nas ruas, na maioria das vezes, sem calçamento.
Entre as doenças que mais matam a população africana está a AIDS, que no continente atinge a mais de 30% da população. O contágio da doença aumenta devido a fatores culturais. A poligamia, permitida no país, aceita que os homens possuam mais de uma parceira, aumentando a dispersão do HIV.
“Ame e seja feliz, mas proteja-se do SIDA.Tenha um só companheiro sexual”. Este é o lema da campanha desestimulante à poligamia angolana, escrito em português, que é um dos idiomas oficiais do país, devido à influência de Portugal, colonizador da Angola.
Andréia encerrou a palestra defendendo a responsabilidade social que deve surgir em cada indivíduo apresentado a tais condições de vida e apresentando a importância de fazer com que o nosso sentimento de indignação se converta em ações concretas para ajudar a quem precisa."
LARISSA BORGES – 2ºF – MANHA

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